Esta obra não poupa questionamentos. Trata-se de uma fonte aberta a todo aquele que se encontra imbuído do desejo de avançar na busca da Verdade. Parte de reflexões críticas acerca dos fundamentos teológicos e evolucionistas defendidos pelo pensamento religioso, mais especificamente sob a ótica espírita, passa por explorações sucessivas de conceitos e perspectivas universais que se interligam, formando um estruturado organismo conceitual, até alcançar o seu ponto alto: uma visão de gênese cosmogônica na qual aborda a dinâmica de eventos que teriam precedido ao Big Bang. A ótica popular (antropomórfica e monoteísta) sobre Deus é questionada a fundo e seguramente apresentada como obsoleta, sem fundamentos perante a realidade vital observável e às mentes mais evoluídas do mundo contemporâneo. Contudo, aponta evidências de uma Causa Suprema infinita, impessoal e eterna, organizadora e sustentadora da Vida. O problema da dualidade contrastante (dualismo) e do conceito de um Deus unilateral e antropomórfico (monoteísmo) são superados com base em um sistema filosófico universal de unificação (monismo) que não dispensa autocrítica, transitando tanto por vias de dados científicos como espiritualistas. Ao problema do ser, do sofrimento e do destino é apresentada uma explicação de causa e razão que vai muito além da origem terrena, considerando cada indivíduo não somente como o próprio responsável por suas escolhas e pela sua formação como cidadão cósmico, mas também, por estes mesmos fatores, pelos demais companheiros de jornada, com as devidas proporções dentro de uma estrutura de relações hierárquicas e interdependentes, o que inclui o meio-ambiente e tudo o que faz parte do seu conjunto vital. Complexo e extremamente instigante, por abordar mistérios e problemas que sempre inquietaram a humanidade, a obra Metassíntese Cosmogônica levanta questões debatidas por diversas escolas do pensamento, porém sob uma nova e interessantíssima ótica.
